quarta-feira, 23 de abril de 2014

Escrever é arte ou técnica?



Para os que habituaram-se a escrever a resposta é bastante clara, e para os novatos, óbvia: é uma mistura de ambas. Porém, guardadas as devidas proporções, percebe-se que a técnica, o esforço e o trabalho duro constituem a maior porção de qualquer tipo de obra, ficando a criatividade e sensibilidade artísticas com uma fatia menor, porém, fundamental - sem a qual nem mesmo toda a técnica do mundo poderia produzir nada.

Pensando nesse equilíbrio, reunimos 7 dicas sobre a atividade de escrita dadas por autores conceituados. Aproveite-as!

Leia o máximo que puder

Stephen King, o popular autor norte-americano de livros de suspense e terror icônicos como "Carrie, a Estranha", "O Iluminado" e "Cemitério Maldito" é um dos inúmeros autores que defendem algo obvio, praticamente obrigatório: para escrever bem, leia o máximo que puder. Como ele disse certa vez, dando dicas sobre escrita, "Você precisa ler muito para aperfeiçoar constantemente o seu próprio trabalho. Se você não tem tempo para ler, você não tem tempo para escrever".

Pratique, pratique e pratique

Sírio Possenti, linguista e professor da Unicamp, diz que "Partir de um texto como referência e criar variadas versões dele é uma das maneiras mais eficientes de aprender a escrever bem (e certo)". Ele defende desta forma que o exercício da escrita leva a excelência, o que está correto. Sendo uma atividade que exige esforço, a escrita se aprimora com a prática, então pratique sempre que puder.

Planeje seu texto, mas seja maleável

J. K. Rowling, autora dos livros da série "Harry Potter", disse certa vez que durante os primeiros 5 anos em que esteve escrevendo a série, fez planos para todos os livros e escreveu pequenos trechos de cada um deles, se concentrando em um livro por vez, mas completando os planos dos que estavam adiante conforme idéias iam surgindo, para futura referência. Isso demonstra que o planejamento e a organização são importantes - fundamentais na realidade - mas que não são estáticos e sim dinâmicos, evoluindo com o próprio autor até a conclusão da obra.

Escreva afirmativamente

Ernest Hemingway, premiado escritor norte-americano, autor de clássicos como "Por Quem os Sinos Dobram" e "O Velho e o Mar" defendia que você não precisa ser otimista, mas sim afirmativo naquilo que escreve. Atenha-se a falar o que as coisas são, e não no que elas não são. Isso costuma dar menos trabalho e deixa tudo mais claro para você e seu leitor.

Escreva com paixão

J.R.R. Tolkien, autor de "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit" é um dos autores mais amados do mundo, e afirmou certa vez que, para escrever bem, você deve escrever sobre temas que sejam do seu maior interesse, caso contrário você escreverá de forma rasa e superficial simplesmente porque não se importa de verdade com o que está escrevendo, ou desistirá do seu trabalho diante das primeiras dificuldades ou se desmotivará diante das primeiras críticas.

Faça o seu texto "suar"

George R. R. Martin é autor dos livros da série "Crônicas de Gelo e Fogo", mais conhecidas no Brasil pelo nome original do primeiro livro da saga, "Game of Thrones". Em uma de suas inúmeras dicas sobre seu processo criativo, ele defende o que chama de "fazer seu texto suar". Ele afirma que a primeira versão de todos os seus textos são muito grandes e cheios de gorduras (podemos falar o mesmo dos nossos). Então, depois que ele termina um livro, ele o revisa e corta tudo o que é inútil ou desnecessário, eliminando a gordura e deixando apenas músculos, o que torna o texto mais preciso, claro e forte.

Escolha um bom tema

George Orwell, autor de "1984" e "A Revolução dos Bichos" certa vez deu dicas sobre como escrever bem, mas a mais importante de todas foi a última: "Quebre qualquer uma dessas regras antes de escrever besteiras". O que ele quis dizer com isso é que você deve ter um bom assunto sobre o que escrever, já que se o assunto for ruim ou estúpido nenhuma técnica o salvará.

(fonte: Yahoo Notícias)

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